2016/02/12

Dia 2198

Quando eu sai de dentro dela, ela começou a escorrer pelas pernas. Por um instante ficou aquela cena acontecendo em câmera lenta. Ainda inclinada para frente, com o rosto no travesseiro pediu mais. A respiração ofegante, a boca entreaberta e os olhos fechados. Ela, agora em cima de mim com as mãos no meu peito. Ela ainda tão extasiada que não conseguia falar, inclinou a cabeça para baixo olhando diretamente nos meus olhos marrons e escuros. A franja caindo sobre o rosto e o mesmo umedecido de suor. Ela sorria e que sorriso bonito. Aquelas unhas feitas na manicure de um dia anterior encostando no meu peito quente e branco. Minhas mãos percorriam suas coxas, quadril e cintura chegando finalmente aos seios. Esses já tão enrijecidos quanto meu membro dentro dela. 
Fiquei pensando nessa garota depois dessa noite. Em como estava completamente apaixonado por ela em tão pouco tempo. Ou seria muito tempo? Depende do ponto de vista. Eu sou assim mesmo, me apaixono por aquele sorriso safado e inocente ao mesmo tempo. Acho que foi quando ela brincou e passou a mão na minha nuca que ela me ganhou. Ou dentro do carro enquanto dirigia, que segurou minha mão na troca de marcha. E também no fim da noite, quando a calmaria veio e olhei pra ela usando a minha camiseta do AC/DC e mais nada.

Ela não foi meu primeiro amor ou minha primeira foda bem dada, mas e daí? Nem todo amor é o amor da nossa vida. Nem toda foda é tão foda assim também. Amor, meu camarada... É uma grande loucura. Mas acho que ela deve estar apaixonada por mim também, do contrário não a veria mais. Só que toda vez que ela aparece, aparece sorrindo.
Acho que sei porque ela volta. É porque a noite é boa, o dia melhor ainda. Pra mim, ela é a música rara do Nirvana, a foto que não escapou para a rede social. Ela é o efeito bonito que da quando a brisa faz carinho no mar. Tinha porra no peito daquela garota e tinha amor também. Os dois eram por minha causa.

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