2018/08/05

Dia 2446

Se eu sinto saudade? É claro que eu sinto. Acabei me tornando um baú de histórias, mas trato aqui não de amor, carinho ou melancolia, e sim de falta de estima por quem te quis bem. É nessa parte da história que o passado me ensinou que, para cada um, a palavra "amor" tem uma intensidade e uma definição. O passado me ensinou que ser emocionalmente inteligente não significa que não vou sofrer, mas que sei dos riscos que corro. E pode crer, corremos muitos.
Eu estive pronto para te deliciar com um café da manhã digno de orgasmos. Múltiplos. Estive pronto para por uma aliança de ouro - mesmo que vagabunda - no seu dedo bonito, você sempre teve mãos bonitas. Estive pronto para te namorar de segunda a sexta e no final de semana te reconquistar por mais uma semana. O amor esta nos momentos, e o sexo é somente a recompensa desse gostar. Estive pronto para querer noites que não terminassem também e como recompensa te deixo dormir no cantinho da cama - aquele que encosta na parede, meu recanto predileto.
A felicidade esta no caminho e não no destino. Aproveitamos a viagem, é o máximo que conseguimos. Mas, fico pensando se as coisas tivessem seguido seu fluxo normal sem nos lamentarmos agora. Como seria a história? Uma pena não ter um próximo capitulo.
Abri um vinho, senti sua falta. Tomei um gole. De gole em gole me embebedei de lembranças. Percebi que isso era errado mas porque você abriu o meu vinho da vida se não iria tomá-lo por inteiro? Deixasse outra pessoa, que soubesse a responsabilidade de abrir um vinho desses, degustá-lo.
Se eu sinto saudade? É claro que sinto, mas hoje ela faz parte do meu caminho e não do meu destino.

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