2018/11/02

Dia 2453


Quando se é pai, o mais difícil é fingir que você sabe o que está fazendo. Porque a gente não sabe o que esta fazendo. A gente não sabe de nada e isso assusta. Pensar que qualquer coisa que eu repasse a ele (a), seja certa ou não vai ajuda-lo (a) a se moldar como pessoa, como homem (mulher), cidadão e parceiro (a) de alguém.
Mas, em contra partida acabamos fazendo algumas coisas de imediato como se fossemos profissionais no ramo. Como acumular a função de segurança não-remunerado. Carregador de malas e mamadeiras oficial. E a que eu mais gosto: Doutorado em limpar fralda suja de cocô. Deus, me disseram que um dia vou sentir falta dessas fraldas, como isso é possível?
O cinto de segurança nunca vai estar preso o suficiente. Eles vão precisar dormir bem mais que nós. O dinheiro vai ser, daqui em diante, prioridade para gastar com eles. Quando se é pai, em algumas horas não podemos esquecer que por alguns momentos o bebê também tem uma mãe (e principalmente que nós temos uma esposa/namorada). É achar nem que seja uma pinta em comum para afirmar que o bebê é nossa cara. É pôr às mãos no rosto, tirar, e depois dizer: "Achooou!".É falar com a voz do bebê o tempo todo e dialogar consigo mesmo na voz original.
Me disseram que o tempo deles passa rápido demais e que é verdade esse bilhete. E isso também me da medo. Como se, de alguma forma, eu fosse perder cada momento especial com eles. E um dia eu acorde com anos a frente e perguntar onde eu estava quando ele cresceu tanto me falando sobre teorias fundamentadas sobre qualquer coisa, apenas para que eu aceite a opinião dele. Tenho medo de perder os choros e os sorrisos. Os abraços e os beijos. E é por essas razões que vou lembra-lo sempre que eu o amo, que estarei sempre aqui por ele e que não interessa a quantidade de abraços, nunca serão suficientes.
O que você quer ser quando... Cresceu!
E quem sabe um dia você possa ler isso e saber que eu estava falando sobre você.
Mês 6

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