O café estava morno. Esquentei, mas o gosto já não era mais o mesmo. Essa conversa não é sobre café.
Está todo mundo meio receoso sobre amar alguém, sobre se entregar para alguém e se apaixonar novamente. Talvez porque um dia, confiaram tanto e amaram de forma limpa e fiel, e mesmo assim tiveram uma das maiores decepções das suas vidas. E eu entendo tudo isso, mesmo acreditando no amor eu não acredito tanto nas pessoas. Talvez também seja por isso que existem tantos sorrisos chorando por ai.
Me pergunto se algum dia irão observar meus pequenos detalhes de novo. A ponta dos cílios mais claros que fazem reflexos no sol. Que quando quero sair de um lugar fico olhando todo o ambiente em volta com frequencia mesmo que a companhia seja boa e quando quero ficar, foco nos olhos enquanto conversamos e peço mais uma cerveja. Que aprecio lugares calmos, tranquilos e sem muitas pessoas, lugares desconhecidos pela maioria. Que o café precisa ser meio amargo, meio doce. Ou que me digam qualquer novo detalhe que eu não sabia e que nunca me disseram antes.
O mundo já tem muitas vítimas, vamos tentar ser a esperança de alguém. Vamos tentar ser a confiança e o outro lado da moeda. A parte que não fica culpando a vida e os outros pelas coisas, mas sim a que passa por cima e segue adiante. Os 30 segundos atrás já foram, mesmo que tenham doído.
Um abraço, um café quente fazem a diferença.
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