Dia 586

Ninguém esta em casa. Você já desejou não ser você? E o mundo inteiro esta sozinho. Sozinho. Eu conversava comigo mesmo sempre, eu era meu próprio psicólogo e meu melhor amigo. Com o tempo, aprendi que você pode ir a diversos psicólogos e martelar na cabeça do seu melhor amigo as coisas que se passam dentro de você. Mas, só você pode conviver com as coisas que você pensa e sente e não há ninguém que te de 100% de atenção a você a não ser você mesmo. Estando bem consigo mesmo sua vida se torna perfeita mesmo tendo bilhões de coisas que poderiam dizer o contrário. E essas coisas parecem coisa de livro de auto-ajuda do Augusto Cury. Que ficam bonitas ditas, mas não ajuda tanto.
Então eu digo, que sou chato pra caralho. Quebrar promessa pra mim é o fim, é como prometer que vai fazer algo pra uma criança e não cumprir. Por que eu me lembro fácil disso sempre e sempre. Pego raiva mais fácil do que pego amizade. Gosto de músicas que ninguém conhece as bandas. Escrevo coisas que ninguém entende. Me embolo pra falar quando fico nervoso ou muito empolgado. Me desaponto com pequenos detalhes de grandes pessoas, mais do que com os grandes por que desses eu sempre espero. Confio nas pessoas muito fácil, acho que por isso me desaponto tão extremamente. Tão extremo que forma ferida. E ás vezes queria deixar de lado muita coisa, mas minha cabeça é uma verdadeira bosta. Consiste em me lembrar. Então como sobreviver, absorvendo tudo desse mundo? Idiota-Idiota-Idiota...

Planos do que o nosso futuro nos reservava. Mentiras tolas de ficarmos velhos. Uma última música, um último pedido. Um capítulo perfeito que deitou para descansar. Agora, e então, eu tento encontrar um lugar em minha mente. Contando histórias nesse livro que ainda queima. Por que hoje eu não tenho hora pra voltar pra casa. Uma última palavra, uma última melodia.
Levanta porra, continua tentando. Uma hora da certo.