2013/02/05

Dia 1436

Esses dias eu estava brigando no bar, olhando meu sangue no chão tentando entender ali. Por que não fazia sentido, estava todo muito muito chapado pra lembrar o motivo pelo qual a briga começou. Coisa inutil.
Meu nome é... E eu estou doente. Mas não vai curar. Não vai terminar. O soro não pinga pra mim. Essa é a parte em que eu preciso de um abraço esmaga osso. Um beijo estala bochecha. Alguém que por Deus, me olhe e eu tenha a certeza que vai ficar ali, pelo menos naquele momento e vai estar presente sem estar com a cabeça em outro lugar, outras pessoas. A verdade é um soco no estomago.
Não me sinto bem. Não é o mundo, são as coisas dele. Ou a falta de coisa. Sei la, ta tudo coisado. Quando será que as pessoas vão entender que não é nada pessoal, mas elas deviam se importar mais com algumas coisas do que outras. Amar talvez seja isso de descobrir o que o outro fala mesmo quando ele nada diz. São linhas de um livro que ninguém lê mais. Foda. E eu ainda me pergunto se eu der um passo pra esquerda, vai ter alguém me acompanhando pra dançar?
Nunca gostei de gente futil. Que só fala besteira. Que só pensa em bobagem. Que tem medo de andar descalço ou andar na rua a noite. Gente tosca que só pensa em gastar dinheiro e não tem papo legal. Sempre gostei de quem tem assunto sem eu sempre ter que ficar puxando conversa, que me fale coisas que não sei. Que me mostre musicas novas, filmes novos, lugares novos. Sempre gostei de quem sorri só de vibrar o olho no olho. Quem fala o que pensa. Quem não esconde o jogo. Gente que fala sacanagem, que não tem medo de dizer 'eu fiz'... 'eu sou'. Sempre gostei de gente de verdade, sem aquele estereotipo de gente. O tipinho de academia, corpo bonitinho e cabeça vazia nunca me atraiu. Mas mandar malhar a mente não adianta então, pra que perder tempo?
Esse sou eu contando uma historia. Esse sou eu me fodendo de novo. Esse sou eu, retomando a porra da minha vida.

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