Tão discreta, mas puro fogo. De banho tomado e calcinha de renda. Com um perfume que é da pele dela e olhos cheios de desejo. Escrevendo no corpo um do outro o roteiro de um filme de amor censurado. Os olhos se beijam primeiro, sempre.
Todo dia de manhã eu vejo o nascer do sol em um copo de café e em você. Tem olhos de calmaria, cheiro de terra molhada e conforto em noites de chuva, abrigo perfeito. É que minha poesia meu bem, já é escrita nua.
Gosto de sentir seus olhos em mim enquanto eu desvio o olhar. Eu amo demais seus olhos para olhar com amor nos olhos de outra pessoa. Entende isso? Enfim, eu sou todo seu. Rendido, completamente rendido e entregue, assim mesmo, sem resistência.
Mas eu tenho uma urgência de calor, de pele na pele e dentes rangendo. De um esforço adicional para chegar a mais um ápice que nem sequer eu ou você sabia que poderíamos chegar. Uma necessidade grande desse rebate do corpo se afastando e se encontrando de novo e nesse vai e vem forte e sincronizado, a calmaria depois.
Eu queria dizer tanta coisa agora, mas minha boca está ocupada demais te beijando como se fosse a última vez. Eu queria te olhar tanto nesse momento, mas meus olhos estão fechados e contraídos sentindo sua respiração ofegante no meu ouvido.
Um amor bom demais para ser vivido rapidamente.
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