Alguem que acompanhe a minha dança para variar. Que segure a arma com firmeza e não como se estivesse segurando uma xícara de chá. Que possa me proteger também. Que saiba bater forte de volta. E que aguente as porradas da vida. Que suba na minha garupa e por Deus, sem medo, que confie em mim.
Que seja presença. Que esteja ali mesmo e não apenas mais uma sombra do que outras ja foram.
Porque só de pensar nessas coisas ja me sobe uma bola que fica presa na garganta sabe? Aquela angustia que se transforma em lágrima apunhalada na garganta e que não desce e nem sobe, só fica parada ali...
E a faca na minha bota, que segurança poderia me dar?
Sabe, nem toda a droga, os drinks, as
boates e as noitadas fora... O que me traz felicidade, são as coisas mais simplórias possiveis. Uma foto bem tirada. O cheiro do café que vem da xicara em cima da mesa. Oculos de leitura e livros interessantes. Brisas na janela do carro. Ouvir músicas com o coração. Sentir frases lidas nos pelinhos do braço. E correr, correr, correr por ai... Talvez, eu não seja daqui mesmo. Talvez seja de milhas de distancia daqui. Talvez meu pecado seja querer um mundo que só existe na minha mente. Mas dai continuo acreditando, tanto faz.
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