2014/05/17

Dia 1845

Maktub, particípio passado do verbo Kitab. É a expressão característica do fatalismo muçulmano.
Maktub significa: "estava escrito"; ou melhor, "tinha que acontecer".
Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angustia, não é um brado de revolta contra o destino, mas sim, a reafirmação do espírito plenamente resignado diante dos desígnios da vida.
Ás vezes eu paro e penso sobre as coisas sabe? Penso "Que droga cara, porque isso tem que acontecer:" ou só mudo o tempo verbal da frase "Que droga cara, porque isso esta acontecendo?". E não tem um porque ou por que, não tem um motivo ou razão apenas acontece/aconteceu. Posso ficar revoltado, amaldiçoar o destino ou apenas aceitar ele e aprender. 'A vida é aprendizado' já dizia meus mentores no colégio. Já eu? Eu sempre fui da opinião que a gente aprende mais se ferrando. Não tem lição na vida. E eu já aprendi muito, me fodi muito também. 
Não sou de falsos moralismos entende? Nunca fui flor que se cheirasse mas também não era a pior espécie da terra. Eu erro tentando acertar e acerto tentando errar e assim eu sigo.
Folheando a biblia encontrei em I Coríntios 13:10 - “Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.”
Talvez as coisas perfeitas aconteçam em tempos não tão perfeitos assim. Talvez insistimos em coisas que não deveriam acontecer. Ou talvez até devesse acontecer e a gente aprender. Sabe quanto a gente cresce por passar por certas coisas? Porque o tempo não é apenas as voltas nesse seu relógio ai. O tempo é mais que isso, são os dias passando, são suas idéias não saindo (ou saindo) do papel. São suas palavras ditas e seu silêncio ensurdecedor. É tudo isso junto e misturado. Talvez esse seja o Maktub que todo mundo fala. Então canto...
 
"Até mais minha pequena, ainda tá escrito maktub.
E o magrin se emociona, porque me dói te libertar
Mas tu não ia conseguir me acompanhar..."

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