2015/06/29

Dia 2115

É, eu prefiro. Posso reparar mais nas curvas dela. Nas expressões que ela faz. Consigo ver as mãos dela segurando o lençol e os dedinhos do pé contorcerem e o calcanhar de aquiles se esticar. Da pra ver até o esmalte vermelho nas unhas pequenas do pezinho delicado n° 37. A barriga dela contraindo e o seio palpitar acelerado no ritmo cardíaco do coração recebendo a vibração da pressão sanguínea descontrolada. E enfim, ela goza. Treme o corpo, não consegue - nem que quisesse - se controlar. O corpo inteiro parece que recebe uma descarga e dai relaxa. Acontece o êxtase corporal e pela primeira vez ela tem a percepção de como se conseguisse sentir cada partícula do próprio corpo. Cada célula vibrando com a penetração e a respiração no pescoço. Cada arrepio uma nova onda. Nenhum homem havia tocado seu corpo assim antes. Ela nem sabia que poderia sentir tantas sensações. 

Mas dai vão me perguntar o porque da luz acessa. Eu digo... É o que vem depois disso tudo que é o melhor de ser observado. Uma mulher logo após gozar fica vulnerável, mais do que em qualquer momento. Ela baixa a guarda pois já confiou em você pra que tudo acontecesse. Seus olhos, seus olhares - milhões de tentações. Ela deita no peito quente ainda e começa a fazer círculos com a unha do indicador. Ela fica ali quietinha, protegida, ouvindo o coração e esta em uma espécie de paraíso. Vai ver, esse é o paraíso particular que ela tem.
É a cena mais linda do mundo ver uma mulher deitada no nosso peito, completamente nua e relaxada. A visão na horizontal das costas nuas, do desenho do quadril ás vezes já de calcinha e passar pela panturrilha ao chegar nos pés quase sempre cruzados na ponta da cama. 


Se ela tem estrias - foda-se. Se ela tem celulite - foda-se. Ela é linda desse jeitinho todo nosso ali. Minha mão entre os cabelos, não querendo falar nada. Apenas gravar cada segundinho daquele momento onde tantos detalhes em uma cena só preenchem minha câmera fotográfica da memória. E sabe aqueles momentos que sentimos saudade? Pois então, os meus se baseiam em momentos assim que quase nunca percebemos que deixamos acontecer. Deixamos acontecer! Em uma tarde qualquer de sábado, com o sol invadindo a janela do seu quarto quem sabe ou em uma terça-feira chuvosa la fora. 
A vida, a dor, mesmo, a alegria. Você é apenas uma garota solitária de família que não conhece o amor. Mas deixa eu te avisar uma coisa: O amor começa na luz acesa.

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