As coisas mudam muito rapido. Nossa! Eu mal me reconheço no espelho. Estou ficando muito na frente dele, encarando o reflexo e sei que no fundo, bem no fundo tem um cara que eu conhecia. Mas, pra onde ele foi? O tempo muda, aparecem muitas perguntas e muitas besteiras.
Nascemos completamente perdidos. Completamente dependentes. Tão frageis, desprotegidos. Tão... Sublimes.
Meu cabelo anda caindo um pouco por dia. Meu rosto envelhecido. Olheiras que tomam conta dos olhos. Tem dias que me sinto doente e outros que me sinto forte como um touro. Tem dias até que nem acredito como sobrevivi. E tem aqueles que certamente não me lembro como fui parar na minha cama no dia anterior.
Não cabemos em nós mesmos. Nos refugiamos em mais um gole no copo. Em mais um trago no tabaco. Em mais uma prece de joelhos. Em mais uma lagrima no rosto. É uma coisa que eu nunca vi igual, mas por que as pessoas nunca falam disso? Alias, porque elas nunca falam de nada? São como assuntos intocaveis, tipo sexo? O aprendizado, a própria masturbação? É o suicidio do proibido. Então o que vamos fazer? Cometer novos erros.
Talvez eu não seja o que você espera que eu seja. Não, com certeza eu não sou o que você espera. Eu sou podre e mais um segredo: Eu não presto. Mas ninguém vai estar lá, ninguém vai escutar.
E também sabe, não tenho do que reclamar. Se eu fosse embora desse mundo hoje eu poderia dizer: Aproveite a vida pra caralho. Bebi o que pude, namorei bastante. Amei de coração, abracei sincero. Fiz amigos e inimigos. E amigos que se tornaram inimigos também. Muitas coisas outras, tantas mais... Também.
Você já parou para pensar na sua relação com o infinito?... Pois bem, pare e pense... Pense em você.... No infinito... E se o infinito não acaba nunca, o que é que significa, você dentro dele?
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