2014/06/09

Dia 1875

Você se levanta, meio sonambulo ainda. Arreia as calças para o xixi matinal das necessidades fisiologicas que seu corpo produziu durante a noite. Da a descarga, se vira pra pia e abre a torneira. Apoia uma das mãos sobre ela e com a outra limpa os olhos. Ajeita a sobrancelha bagunçada, da uma arrumada no cabelo colocando ele pra um lado e depois pra outro. Dai desiste disso. Abre bem os olhos. Procura alguma recém indesejada espinha ou cravo. Lavo o rosto com agua, sobe de volta para o espelho. Se olha nos olhos. Enxuga seu rosto na toalha semi-umida. Se olha novamente e... Quem é você? Quem é você de verdade? Você realizou todos os seus sonhos? Você é tudo aquilo que realmente sonhava ser? Até que ponto valeu a pena?
Mesmo que as coisas fiquem ruins, que você pegue as chaves e saia com o carro. Até que seja pra dar uma volta no quarteirão e estacionar na esquina pensando em como vai enfrentar tudo aquilo. Ou o dia seguinte, não importa. Viver é dificil. Mas tem certas coisas, que valem muito a pena acordar de manhã todos os dias... 
E quando coloquei os pés dentro de casa ouço passos apressados. 
- Papai chegou, papai ja chegou! 
E depressa os braços se levantam pedindo colo. 
- Senti sua falta papai.
- Também senti sua falta querida.
- Senti sua falta também 'papai', também não mereço um beijo?

Nenhum comentário: