2011/07/11

Dia 611

Eu queria muito, levantar multidões para todos baterem palmas junto comigo, no meu ritmo, enquanto canto alguma canção sobre o amor. Ou quem sabe também sobre solidão. Ou a solidão que se transforma em amor. E quando o violinista chamar, você vai se aproximar.
Eu acordo ouvindo Like A Stone do Audioslave. Vou trabalhar ouvindo Folia no Meu Quarto do Teatro Mágico. E meu almoço é repleto de Frejat, Paralamas e Ultraje a Rigor. Volto pra casa com O Rappa. E antes de dormir ainda sobra tempo pro Metallica, Led Zeppelin e um pouco de Guns n' Roses.
Então eu fui para casa, para o meu arranha-céu. As luzes néon e papéis de espera.
Eu tenho calçadas nostálgicas. Eu tenho rostos familiares. Eu tenho uma memória confusa. E eu tenho lugares prediletos. Quando descubro uma música, ouço ela dias e dias até me enjuar e descobrir uma outra música nova, só pra fazer o mesmo. Novamente. E de novo.
Estou esperando aviões.
Vou cantar mais um pouco. Por que antes, quando o amor era só dor, não tinha melodia. Mas agora chegou as flores, a tarde dura um dia inteiro. Um beijo, acelera meu pulso. E agora consigo cantar. Tem melodia, tem sinfonia, tem acorde e sonora. Vou cantar mais um pouco... Minha alma acha a intonação perfeita daquela nota. E eu consigo ver que... Prefiro viver a vida cantando sobre esse amor do que passar pela vida sem jamais ter cantado um só refrão.

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