2012/01/25

Dia 822

Eu gosto de um perigo, arrisco minha vida em todos os momentos... E eu tô aqui não tô? Firme e forte, mais vivo do que nunca! Quem vegeta são as plantas, não eu. Nasci pra isso mesmo, e foda-se quem não arrisca. Eu pulo na frente do carro, eu me apaixono. E não vou morrer. Ainda não.
Cultive a vida, o bom senso, a tolerância. Livre-se do veneno e da hipocrisia, da ignorância e do senso comum. Aprenda a soltar um bom palavrão. E rir e gargalhar dentro do vagão do mêtro, contagie aquelas pessoas mal-humoradas logo cedo.
Acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto, talvez, mas tenho tentado da maneira mais bonita que sei. Confuso, contraditório, nem sempre correto, mais intenso. Agora que sei que o tempo não pode mais dizer por quanto tempo vou viver no meu sonho. Então vou fazer o melhor que posso.
Não é fácil explicar. Faço as coisas por empolgação e no outro dia, sei lá. Sou dessas pessoas que ficam procurando as canções no rádio até achar um clássico, algo perfeito para aquele horário do dia, aquele semáforo. A música acaba e eu troco de estação.
Meu olhar não diz muito aos distraídos, diria eu que praticamente nada. Mas para os bons leitores de alma, ele é praticamente uma bula. Gosto de borboletas. Me fazem lembrar que na vida, tudo se transforma. Sempre. E de alguma forma esquisita, elas gostam de mim também.
Mas é aí que você percebe que sua vida é baseada no “talvez”. Sim, isso mesmo. Nunca percebeu? Talvez você fique feliz, talvez as coisas melhorem, talvez aquela pessoa sinta sua falta ou talvez não. Talvez, talvez e mais talvez. Talvez seja por isso que ficamos presos à certos momentos que já deveríamos ter deixado para trás, esquecido. Porque talvez eles possam acontecer novamente… Ou não. Talvez, quem sabe?
"Eu estou vivo ainda" sussurrou o coração.

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