2014/02/06

Dia 1750


Ta. Ok. Eu ia começar esse aqui de um jeito diferente hoje. Mas na verdade nem sei como fazer. Mas eu queria que fosse diferente. Sem aquele bla-bla-bla sobre amores que não existem nem falar sobre saudade. Ai, que saco essa saudade. Dane-se. Todo mundo sente saudade, e dai? Também não vim falar sobre nenhuma revolução constitucionalista (eu sempre adorei essa palavra);
(...)
Tão notando uma certa diferença? É, na voz dentro da sua cabeça. Enquanto você lê é claro que você ouve as palavras. Todo mundo projeta uma voz nas palavras que lê. E tão notando aquele tom alegre? É sim, esse mesmo. Ele é bem dificil de aparecer. E principalmente pra uma pessoa tão carcamana que nem eu, é mais dificil ainda. Mas sabe, de vez em quando... Não. Nao vou nem continuar isso. Blah, ta batido. Chega. E meu tom de voz mudaria na sua cabeça, certo? Mas na verdade vamos lá, eu tenho que dizer que estou escrevendo sorrindo. Então, leia da mesma forma...
Bom, não vim aqui contar algo fantasioso pra fazer vocês pensarem se aconteceu ou não comigo. Ou algo lindo e fantástico que sinceramente quase nunca aconteceu quando escrevi aqui. Também não vim relatar detalhadamente nenhum acontecimento.
Eu só queria fazer um comentário, um apenas: Eu estou feliz.
Sempre escrevi isso mas nunca tinha realmente entendido como é isso. Como funciona. Na verdade eu não entendi direito como funciona ainda. E também acho que nem quero entender. Nem sei se tem como entender. A coisa mais interessante disso é que dessa vez eu não precisei fazer absolutamente nada. Só... Aconteceu. E quando me vi, estava ouvindo Nando Reis demais, rindo demais, parafraseando palavras no diminutivo demais. 
Eu nao quero escrever pra agradar ninguém forçado agora. Eu não quero chamar atenção de ninguém nessas linhas. Eu só quero ser sincero. Então deixa eu ser sincero vai, vou falar de coração. O que é bem complicado porque eu estou sem graça. Nem sabia que dava pra ficar sem graça escrevendo, oxi... 
Estou em paz. Sabe? Aquela leveza de espirito. Que o mundo pode cair do seu lado que o maximo que você faz é dar licença e deixar ele desabar. E sabia que nunca tinha conseguido ficar assim?  Sabe como é, trabalho, faculdade, contas-contas-contas... Cachorro doente, droga o credito do celular acabou. Fazer as compras do mês. Ficar doente nem pensar, tem que trabalhar, cuidar da casa. A gata fez xixi e tem que limpar a caixinha. Uffa! E no meio disso, a qualquer hora eu só paro e penso numa pessoa. E pensar nessa pessoa no meio desse turbilhão de coisas me deixa tão simples e tranquilo. É mais que uma tranquilidade momentanea, é uma coisa de alma sabe? Como se do outro lado eu tivesse encontrado o meu contraponto. 
Sempre gostei de escrever coisas romanticas, mas ela não precisa de coisas romanticas... Ela precisa das minhas verdades. Romanticas também, pra deixar ela sem graça e me chamar de besta seguido de um 'idiota+risada'. Ou melhor como ela diria "Cê é muito diota véi". Mas pronunciado com aquela voz de menina molecona. Que quando eu lembro dou risada sozinho sentado na frente do computador trabalhando. Voltando pra casa. Quando acordo. Uma pessoa que te faz sorrir sem preço, sem motivo, só por você lembrar dela... Cara, não tem nada mais bonito. 
Ela é tipo a minha Kefera pessoal... kkk... Ela é do tipo de pessoa que eu posso falar qualquer coisa sem me preocupar se ela vai me olhar com aquele olhar, aquele olhar de quem julga. Porque ela não julga e odeia ser julgada. Porque ela só quer viver bem, ficar zen sem se preocupar se ela tem ou não a droga de um aparelho ultima geração. Ela só quer ver cores, ouvir musica boa e ficar a toa ouvindo o som do vento passar. 
Com ela eu quero dar aquele abraço de urso, quebra osso mesmo. Não quero largar. Quero dar aquele beijo que na nossa sintonia ele demora anos acontecendo mas são as nossas frações de segundos mais importantes das nossas vidas. Eu só quero ficar perto dela entende? Pra rir com ela, pra jantar com ela, ir dormir com ela mesmo que ela fique com os pés gelados nos meus quentinhos. Acordar com ela mesmo ela com a cara amassada e o cabelo bagunçado. 
Vem cá, te passo um café fresco. A gente senta na varanda e deixa a vida acontecer. E se amar, se amar até o fim.
É o tipo de coisa magica que acontece só uma vez. É como se eu começasse uma frase e ela terminasse. Ou vice-versa. E a gente se completa. A gente se entende. De uma forma simples, mas da nossa forma. E estamos criando um mundo totalmente nosso. E que bom que... E que bom que é com você. E só você. E vai ser só você. Pra sempre.
E sabe aquele tom da voz do começo? Então, ele ainda ta aqui!

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