2016/02/11

Dia 2197

Marcamos de nos encontrar no quarto. Ainda lembro dela me enviando mensagens tarde da noite, falando algo sobre seus desejos e vontades. Era tão excitante que parecia que não estava acontecendo comigo. Eu tinha ficado surpreso quando ela me passou o seu número quando pedi, quanto mais receber aquelas mensagens. No fundo ela sabia que eu poderia entender cada palavra que ela falava ali. Por isso me passou o número, por isso veio falar comigo depois da primeira conversa sem graça. Ela, que era tão independente e cheia de si depois de algumas conversas foi ficando cada vez mais doce. 
Fiz algumas brincadeiras íntimas e ela não me cortou ou chamou minha atenção, eram apenas intimidades sendo descobertas palavra por palavra digitada. Nada pornô, ainda não. Ainda era cedo e ela assim como eu parecia querer aproveitar e se deixar seduzir para ver até onde ia a toca do coelho.
Ela escolheu o lugar, talvez outro cara tenha levado ela ali ou ela sempre quis ir e ninguém nunca a levou. Bonito e bem apresentável, recepção impecável. A primeira impressão foi ok. Acabei chegando antes dela de propósito e pedi a chave do quarto. Peguei o celular e enviei pra ela "Quarto 52. Só deixar o documento na recepção e subir informando o número do quarto". Ela respondeu com aquelas carinhas de sorriso. Havia pedido um drink e tinha levado flores. Coloquei buquês em cada canto do quarto, a luz baixa. Para ficar perfeito só o som da fechadura se abrindo. Era ela.
Já tínhamos saído antes, mas nada igual. Gosto quando olho pra ela. Gosto mais quando o olho dela vem na direção do meu. Gosto ainda mais quando esquecemos onde estamos e olhando em volta escolhemos a mesma coisa pra olhar. Gosto quando olho com ela o mundo. E gosto mais do mundo quando posso olhar pra ele com ela.

Ponho minhas mãos em volta dela e lhe dou um beijo macio e molhado. Sinto ela amolecer nos meus braços. Fecho meus olhos tentando me concentrar no que realmente está acontecendo. Passo minhas mãos em volta de seu pescoço e ela me arrasta lentamente para trás, fechando totalmente a porta que ainda estava entreaberta. Suas mãos em minha cintura causava um efeito incrível em minhas pernas, não sentia o chão. E então ela levantou meu rosto com uma das mãos e me beijou. Um beijo suave, profundo e com gosto de quero mais. E eu queria. Com um impulso ela colocou as pernas em volta de meu quadril. Lhe segurando firme fomos para cama. Nossas línguas dançavam, assim como aqueles casais apaixonados - e olha que eu não danço. Tirei sua blusa e beijei seu pescoço, minhas mãos sentiram suas costas se arrepiar e meu corpo se contorceu de prazer, junto ao dela. Sem nem me dar conta já estávamos deitados, eu beijava cada centímetro de seu corpo enquanto minha blusa era arrancada de mim. E então ela quis trocar de lado. O quanto achei a que te possuía ela passou a me possuir. Minha boca descia e subia em seu pescoço, fazendo com que ela rebolasse seu quadril ao encontro do meu. Seus seios estavam á mostra e eu os via de mais. Então tudo tomou conta de mim. Todas as sensações, o êxtase, as loucuras em minha mente e o desejo realizado: eu dentro de você. Não da forma sexual, - dessa também - mas sim da sentimental. No momento em que me olhou para me beijar novamente vi que a noite seria longa. Longa de todas as formas imagináveis. 
Ela tinha o meio das pernas quentes, mas ali não era o sol. Era um céu estrelado.

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