2015/12/04

Dia 2170

Ela sentia minha barba roçar na bunda dela. Como se isso fosse um chamado para acordar, desinibir qualquer inibição e desse á ela a liberdade de querer fazer qualquer coisa naquela cama de solteiro. O que ela quisesse, eu faria.
Vem cá, senta em mim. Rebola no meu colo, se encaixa no meu rosto. Me deixa entrar até o fundo, segura minhas mãos. Goza em mim, deixa eu te tocar. Me deixa te fazer mulher.
Mas o que isso resulta no fim? Assalto a geladeira? Cigarro na sacada? Tatuando almas e curando cicatrizes, nós parecemos ser muito mais felizes do que realmente somos. Gostar de alguém, não é fazer uma coisa com aquela sensação de obrigação por que sabe que ela vai gostar. É se colocar no lugar da pessoa antes pra sentir o que ela sente e depois tomar uma decisão.

Chega uma hora que camas com lençois amassados são trocados por sofás desajustados e cobertas quentinhas. Cafés se tornam frequentes. Cinema ao invés de baladas. Com o tempo acaba sobrando apenas a companhia um do outro. Como se um para o outro fosse o livro preferido, onde conversamos com o personagem ou autor. E fazemos isso toda vez que pegamos para ler o livro. Se eu pudesse dar um conselho para todos que estão lendo seria: Case-se com a pessoa que pode ser seu personagem favorito, você vai se identificar com ele, vai amá-lo e querer que ele tenha um final feliz e vai torcer até o fim para que não veja ele morrer. Porque eu e você sabemos que, em toda história bonita de amor alguém morre no final. 
Lhe desejo uma história bonita, que comece quente e termine abraçados no sofá. Como todas deveriam ser.

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