2010/08/17

Dia 466

Que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem. Essa é a pior hora pra mim. Tarde demais para o ontem, cedo demais para o amanhã.
Parece o fim do mundo. No mercado, tudo é o olho da cara e até o sal não se consegue comprar. É só sal. É realmente o fim do mundo, mas não apenas pelo sal. Televisões maiores, celulares menores e todo mundo tão cego. É dessa forma que tudo é estuprado de nós. Ninguém é tão escravo quanto pensa e nem tão livre quanto gostaria. Acho que a maioria vai ficar pensando diante da prateleira de sal no mercado agora. Cego no mundo do faz de conta. Escute eles cantando suas canções fora do rítmo e não como eles concordam. Comprando a necessidade de ser discreto. As imagens que eles vendem são ilusões e sonhos, em outras palavras desonestidade.
Mas a vida é muio curta, curta demais para me importar com cada idiota que pensa que sabe como eu deveria agir. A vida é tão importante e mesmo assim tão frágil. Um falso código de conduta na falsa idéia de segurança. O problema é quando quebram isso. Há uma violação de conduta. É o silêncio que se torna paz, a paz que se torna liberdade e a liberdade que se torna silêncio.

Um comentário:

Raisa Barcelos disse...

Calar-se é sempre mais cômodo mesmo que nem sempre seja fácil.O mundo está mundando e todos encontram-se cegamente seguindo as "regras",aceitando os juros mais que elevados e se questionando cada vez menos pois não se acredita na possibilidade do "mudar".
Interessante seria se cada um de nós mudássemos e fizéssemos algo.Mas a mudança teria que ser positiva e a façanha brilhante.Será possível?