Eu cortei a garganta dela. Deus, eu a amava. Amava tanto. Vi pedaços seus de dentro sairem para fora. E aquele sangue. Deus, como sangrava. E eu não conseguia parar de rir.A faca na minha mão, ainda com pequenos pedaços da pele do pescoço dela grudados. Enquanto andava, minhas pegadas ficavam marcadas no sangue do chão. Era tanto sangue que parecia que o chão estava aberto e sangrando a ferida. A ferida aberta, um coração na mão. Eu tinha que fazê-lo. Tinha que arrancar seu coração para saber como foi para mim. Fazer sentir a mesma dor. Mas ela era forte, claro que lutaria.
Só queria que soubesse... Nem que eu vivesse mil anos eu te esqueceria. E se for necessário... Te amarei por mais mil anos.
Tentei tanto não fugir disso. Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras coisas.
E Deus, eu não conseguia parar de rir.
Deixei um bilhete escrito em cima da sua face cadavérica para que todos lembrem, de serem importantes mas de verdade um para o outro. Eu te amo.
"todos estão sorrindo... e eu aqui.

todos estão viajando... e eu aqui.
todos estão felizes... e eu aqui.
agora todos estão tristes... e eu aqui.
todos estão chorando... e eu aqui.
todos estão chateados... e eu aqui.
todos estão dançando... e eu aqui.
todos estão passando... e eu aqui.
todos estão. "
Era feliz, porém vitima do seu abismo.
Um comentário:
Nossa...incrível. As imagens combinaram muito!
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