2013/11/27

Dia 1664

Tudo o que dizemos é uma história. Mas nada do que dizemos é apenas uma história.
Fiquei me perguntando se Paulo Coelho ou Cazuza até, teriam as respostas em suas belas citações. Será que Clarice resolveria ou, Chico Science? Não, não... Buarque-se. Esta em Chico? Também não.
Depois de ser infectado por essa sociedade relativamente doente e psicotica, tendo sua tv de 500 canais sentado pacificamente na sua poltrona de couro reclinavel. Esperando o mundo acabar ou, a temperatura do lado de fora da sua casa subir mais que seu ar condicionado possa suprir.
Com certeza Caio F. ou Luis Fernando Verissimo saberiam resolver essa incognita. Espero que sim. Porque temos tantas pessoas vomitando maravilhosas citações entre aspas, e no meio de tantos estrofes ninguém entende nada, ninguém vê nada. Em algum lugar do paraiso - eu digo - em algum lugar do paraiso, alguma voz vai virar pra mim e me dizer o que é aquilo, aquela coisinha que a gente busca a vida inteira. Mas enquanto isso? A gente fica velho, conversa sobre o que poderia ter sido e não foi.
Um drink gelado na mesa, uma boa foda, uma gargalhada de doer a barriga... fugir. Ja tentei rezar pra Deus, mas Deus ta muito ocupado tentando concertar a merda que fizemos com o mundo. 
As minhas dividas no banco me engolem cada vez mais. A pressão da sociedade é mortal, cruel e inevitavel. A futilidade que se torna sonora, é um estupro mental. Você não vê ninguém falando sobre o trecho interessante de um livro ou sobre a musica com letra bonitinha que tocou naquela radio escondida. Você nao vê ninguem falando de lugares paradisiacos que trazem paz. Só ouve por ai, as centenas de milhares de conversas inuteis sobre: Coisas, coisas, coisas, coisas e ah, é claro, coisas.
Eu não nasci pra isso. Eu não consigo ser isso. Estou quase me engolindo pra dentro e quer saber cara? Isso é muito ruim sabe porque? Porque sou chato pra caralho, não sirvo pra fazer companhia pra mim mesmo. E pior, a rotina me encobriu, quase me absorveu por completo. Indo trabalhar todos os dias, fazendo as mesmas coisas quase sempre lembro de Charles Chaplin em Tempos Modernos. Que triste. E nem o baseado esporadico me salva. Mas também, que droga já é a vida toda pra tentar entrar em mais ainda? De que adianta? 
E ai eu me pergunto, e os amigos? E a garota perfeita? E... Bem, o que era mesmo necessario para ser feliz? Eu li uma vez, naquele livro de auto-ajuda e ja não lembro mais. Acho que não me ensinou muita coisa aquilo.
E meu cartão estourado. E meu RG rasgado. E meu ponto de equilibrio. E minha paz de alma. As traquinagens das minhas brincadeiras levam as minhas risadas. Os abraços do meu coração. Eu sei que existe ainda amor em algum lugar, eu sei. EU SEI!

Um comentário:

Mary disse...

Também acredito que exista amooor. Amei o texto :D