2014/07/28

Dia 1926

E bem no fim da festa, em meio aqueles drinks perguntaram pra gente porque estavamos juntos. 
Nos olhamos e rimos. Não sabiamos como responder.
Não há um só porque. Não saberia dizer. Eu só sei que tinhamos feito um acordo secreto. Tipo um pacto. Era eu e ela contra o mundo. Nos tornamos guardadores de segredos e jamais saberiam o que nós dois sabiamos. Eu sobre ela e vice-versa.
Eu sei que ela se lembra daquelas tardes de sabado ouvindo Oriente no quarto dela. Dos desastres na cozinha. Dos encontros e desencontros debaixo das cobertas. 
Ela é tão colorida e eu tão preto e branco. Sou marrento e ela pentelha demais, mas é desse jeito mesmo que a gente faz. Ela curte mais um leite com chocolate eu já sou mais do café. Mas se eu faço ciume de propósito ela me bate.
A quem interessar, ela esta na praia curtindo o mar. E o mar sou eu... Grande o suficiente pra envolvê-la por inteiro. Sem medo. De peito aberto e alma livre a gente vai por ai.
Se me perguntar, ontem ela estava deitada nua na minha cama me olhando daquele jeito. Daquele jeito. E a gente olha e ri. Porque não sabemos explicar mas sabemos. Sabemos muito bem. Somos eu e ela, contra o mundo.

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