2013/12/21

Dia 1674

Sempre fui do cara que pensava em brincar de casinha. Sabe, compras no supermercado, decidir qual era o melhor amaciante de roupas que devemos usar. Dizer "Amor, vamos levar este". Lavar o carro no domingo. Se fazer de dificil pra levantar da cama no sabado de manha. Café na cama e essas coisas. Tirar a noite de sexta e trocar o passeio por uma janta feita em casa de surpresa. Eu faço e ainda lavo a louça pode deixar. Chegar uma terça-feira qualquer e te chamar para ir jantar fora, voltar e fazer aquele sexo gostoso de relaxar a ponta dos dedos dos teus pés. 
Bem, não deu muito certo. Me enfiei num porão. Escrevi um livro. E nunca mais sai de lá. O porão do lado de dentro e quando eu esperava que alguém ia aparecer, ninguém apareceu. Ninguém nunca aparece. Nunca. Nunca é tipo 'sempre', só que ao contrário.

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