2011/11/17

Dia 729

Deitei a cabeça em seu peito, e pude sentir as fortes e agitadas batidas do órgão que jazia ali. Seu coração estava vivo, tão vivo quanto o meu. Com relutância fechei meus olhos. Não queria dormir. Não podia dormir. Ela estava comigo, e eu em seus braços como sempre foi. Como foi destinado a ser. Pois ali era, é, e sempre será o meu lugar. Sempre.
Por um instante não ter medo de nada. Desligar o celular. E perde-se sem pressa. A voz dela cala as minhas tristezas.
Quando ela era apenas uma garota, ela tinha expectativas com o mundo mas isso voou além de seu alcance. Então ela fugiu em seu sono e sonhou com o paraíso.
Lembra de quando eu levei você ao ponto da beirada, em cima da pedra? Eu tinha comprado algumas pequenas garrafas de whisky e ficamos dentro do carro. Lá foi a primeira vez que eu disse que te amava. Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo.

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