2009/10/06

Dia 70

É engraçado que sempre quando agente vê alguém de longe, tudo parece sem som. É como assistir a um filme mudo. A gente fica imaginando o que as pessoas estão falando. Olhamos pro movimento das bocas e imaginando o que estão falando e mais ainda o que estão pensando. E isso é constante. Reparamos sem nem perceber que estamos reparando. Mas, nossa máquina fotográfica particular -nossos olhos- captam essas imagens e depois nos pegamos relembrando tudo sem nem ter a noção de como essas imagens estão rodando na nossa cabeça.
Penso que dentro da nossa cabeça é como se fosse um grande cinema. Nós filmamos, editamos, colocamos trilha sonora, fazemos efeitos especiais, damos stop, seguimos adiante, voltamos a cena... Tudo isso em questão de microsegundos que nem tem como entendermos a rapidez disso tudo. E podemos ter uma locadora dentro de nós. Filmes de comédia, de guerra, de drama, de alegria, de romance, de ficção... Até filmes para menores de 18 anos agente tem. Todos tem -fato. Quem nunca editou um filme na cabeça que atire a primeira pedra!
O bom ou o ruim, é que este filme que estamos fazendo, somos o protagonista, o ator coadjuvante, o diretor, o roteirista e o astro principal. Somos nós o filme inteiro. Nem Sylvester Stallone consegue isso. Mas talvez, só algumas vezes, não queríamos estar participando desse filme. Só queríamos ser o espectador na poltrona do cinema, esperando para ver qual vai ser o fim da história na tela mostrada.

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