2009/10/13

Dia 93

Só o que eu queria, era que a luz estivesse baixinha, assim... quase desaparecendo. Para não machucar meus olhos. Tudo que eu queria, era que você aparecesse assim... meio de surpresa, entrando por dentro do vão da luz da porta.
Por mais que queiramos, nem sempre podemos ter certas pessoas em certos momentos. Pela noção de espaço, vemos que tal pessoa não está presente, mas não significa que ela não esteja ali, conosco. Por isso, agente se sente muito sozinho ás vezes. Já dizia "Solidão não é estar só, é estar em uma multidão e sentir falta apenas de uma pessoa." De diversas maneiras, tentamos enganar a nós mesmos, fingindo não estar sentindo isso. Mas, não há como evitar. Então vamos prestar atenção nos sinais que agente da e agente recebe de nós mesmos. Quando foi a última vez que você se reparou de verdade? Que percebeu e comentou 'nossa, isso aqui ta diferente'... Algumas pessoas, passam tanto tempo vendo o bem-estar de quem gosta, que esquece de parar para observar o seu próprio.
Agente dança. Dança conforme a música, só depende da música, só depende da parceria, só depende do ritmo, só depende do próximo passo. Mas ninguém dança como você dança.
Não adianta minhas cartas, não adianta minhas fotos, não adianta as minhas lembranças. Tudo que fazemos por uma pessoa, não da para se saber como foi por papéis, por fotografias ou por imagens na cabeça. Só da para se ter uma noção, quando contamos e a velha emoção estoura novamente no peito, explodindo nos olhos e salpicada nos dedos. Jamais se esqueça, que todas as emoções que conseguimos passar para as pessoas, elas nunca esquecem. É como se no coração houvesse uma memória de computador com um histórico. Toda vez que a mesma página é acessada, a emoção reaparece, lembrando como é bom se divertir navegando. Acho que ali, ali foi o meu maior momento.
Até minha cabeça está fraca. Estou desaparecendo, sumindo... aqui mesmo, na calçada. Estou apagando, e a minha luz ficou escura.

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